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Festa de São Gonçalinho

13 / 1 / 2009

Pois foi: Eu, residente em Aveiro vai para mais de sete anos, nunca tinha ido às festas de São Gonçalinho. Quer dizer, já lá tinha ido uma vez, mas não presenciei o verdadeiro fenómeno que é o lançamento das cavacas de cima da capela.
Acontece que este ano fui à descoberta, meio sem querer, e vi (e senti) a mística da festa! Como é sabido, mais ou menos por todos, estas festas acontecem no segundo fim de semana de Janeiro, e o ponto alto são os lançamentos de cavacas do topo da capela do dito santo.
Esta tradição vem já de há muitos anos atrás (agora estou com perguiça de procurar, quem quiser saber mais pode sempre usar o amigo google), e ao longo dos anos dá ideia que se foi aperfeiçoando a técnica de (tentar) apanhar as cavacas atiradas lá de cima. Eu já tinha visto na TV e em fotos, mas ao vivo é outra loiça!! Todo o tipo de geringonças, baseadas vagamente num camaroeiro, mas com um cabo bem comprido, e que se movimenta, bem à maneira dos jogos sem fronteiras, de maneira a tentar apanhar o máximo de cavacas.
Depois há também a invenção de recurso: o guarda-chuva (ou guarda-sol) aberto, virado de cabo para cima, e que garante uma maior área de recolha, mas com uma desvantagem evidente: também pode servr de trampolim. Para os mais afeiçoados a esta técnica, também se pode montar um cabo no bico do chapéu, para tentar elevá-lo e aumentar as hipóteses de recolha. Existe também a técnica da “lona estendida”, mas que requer espaço físico junto ao solo, o que nem sempre existe em abundância, dada a concentração de “apanhadores”.
Por fim, existe também a técnica do “desprevenido”, que, tal como eu e o Pedro, fomos apenas “ver a bola”, e que consiste em olhar para cima, e ver de onde caem as cavacas, tentando apanhá-las à mão, caso passem pelos galifões das geringonças. Dada a nossa imprevidência, nem se pode dizer que os resultados tenham sido muito maus: 7 cavacas e meia, no meio de todos os artilhados com artimanhas para caçar as cavacas! O pior foi quando se começaram a acumular as ditas cavacas, e nós sem sítio para as armazenar! Ora não tem problema, já que tínhamos levado um chapéu de chuva (não foi de propósito, o tempo é que ameaçava chover, juro!) e que foi prontamente tranformado em armazém!

Agora… Fotos! Como a ida à festa foi tão “em cima do joelho”, nem sequer levei a máquina dos retratos, pelo que tenho de aproveitar as fotos de outrém, neste caso, Bruno Raposo (www.portalpimba.com)